(João) Existem muitos casos de assassinatos não solucionados
e não explicados. O que realmente aconteceu? Essa pergunta não para de rondar
nossas cabeças e ninguém consegue respondê-la. A história que vamos contar
agora vai fazer você repetir essa pergunta milhares de vezes... O massacre de
Hinterkaifeck.
Hinterkaifeck, pequena chácara situada ao norte de Munique,
foi o cenário de um dos crimes inexplicáveis da história alemã. Houve seis vítimas: Andreas Gruber (O fazendeiro), Cazilla
(Esposa de Gruber), Viktoria (Filha de Gruber), Cazilia e Josef (Filhos de
Viktoria) e Maria Baumgartner (A empregada).
Próximo à fazenda havia uma floresta. A partir dessa
floresta, Andreas descobriu pegadas na neve em direção à fazenda, porém algo
estava errado, as pegadas não apareciam no sentido contrário, ou seja, não
voltavam para a floresta, o que quer que tenha deixado essas pegadas, poderia
estar na casa. Quando a noite chegou, ele ouviu passos no sótão mesmo com todos
dormindo, preocupado, foi verificar o que era, mas chegando lá, só encontrou um
pedaço de jornal desconhecido, o qual não conseguia ler.
No dia seguinte, notou que as chaves da residência haviam
sumido e mais um jornal havia aparecido. Preocupado, Andreas relatou os fatos
aos vizinhos. Os acontecimentos pararam com o tempo e mesmo se estivessem
acontecendo, passaram despercebidos, se aquela coisa continuava na casa, estava
invisível aos olhos de todos.
Alguns dias depois, no dia 4 de abril, os vizinhos foram até
a fazenda, pois os habitantes da fazenda não haviam sido vistos por vários
dias, o que era incomum. Além disso, notaram que as cartas entregues no sábado
anterior continuavam no mesmo local, intocadas, e a jovem Cazilia não aparecera
na escola havia um tempo. Quando chegaram à fazenda, viram uma cena da qual jamais esqueceriam,
toda a família estava morta, quatro corpos encontrados nos celeiros, enquanto
outros dois estavam na casa principal.
Iniciaram-se as investigações, o médico legista afirmou que
a arma utilizada foi uma picareta e que o crime acontecera no dia 31 de março, ou
seja, quatro dias antes da descoberta dos corpos. O estranho é que nesse
intervalo, o gado e as galinhas foram tratados, restos de comida foram
encontrados na cozinha e testemunhas alegam que viram fumaça saindo da
propriedade. Teria o assassino permanecido no local alguns dias e cuidado da
fazenda?
Com técnicas rudimentares de investigação, a polícia não foi
capaz de precisar o motivo do crime nem quem o cometera, mesmo após mais de 100
interrogatórios. Recorreram também a métodos incomuns de exame, enviando as
cabeças das vítimas para serem analisadas por sensitivos, médiuns e demais
especialistas, sem sucesso. Porém a própria polícia contribuiu para que o caso,
que já é incomum, não fosse fechado, permitindo que pessoas entrassem na cena
do crime, alterando as evidências.
O que chama atenção é que, mesmo hoje, esse caso ainda é
investigado, e mesmo com todo o avanço na área criminal, não existe nenhuma
evidência que possa dizer quem ou o que foi o assassino.
Existem duas outras hipóteses para esse assassinato. A primeira é que antes
da empregada Maria, houve outra empregada, que seis meses antes do ocorrido, pediu
demissão afirmando que a casa era amaldiçoada. A Senhora Baumgartner chegou à
fazenda dia 31 de março, poucas horas antes do ocorrido. Teria Maria algum
envolvimento com o caso? Por que a antiga governanta disse que a casa era
amaldiçoada? Esse caso tem algo a ver com o sobrenatural?
A outra hipótese é que o marido de Viktoria, que
supostamente teria morrido nas trincheiras francesas em 1914, pudesse não ter
realmente falecido (afinal, nunca acharam seu corpo) e poderia ter se vingado
da esposa e seus familiares.
Hipóteses, nada além de hipóteses.
E assim encerramos esse crime com a seguinte pergunta: O que
realmente aconteceu?
0 comentários:
Postar um comentário